Especialista do Hospital Pró-Cardíaco organiza estudo com informações sobre o perfil da doença, que acomete cerca de 87% das mulheres e tem uma taxa de mortalidade duas vezes maior que a do infarto
Fortes emoções, viver sob pressão e gatilhos de estresse podem acarretar na síndrome do coração partido (cardiomiopatia de Takotsubo). O problema de saúde merece atenção e foi destaque no último Congresso de Cardiologia, em um estudo inédito, que reuniu informações de dois importantes hospitais da rede Americas: Samaritano (SP) e Pró-Cardíaco (RJ), ambos referência em alta complexidade. A pesquisa foi liderada pelo especialista e coordenador do centro de insuficiência cardíaca da unidade carioca, Marcelo Montera.
De acordo com o médico responsável pelo estudo “Síndrome do coração partido: Registro Brasileiro de Takotsubo”, trata-se do terceiro maior registro do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos e do Japão. “ As duas unidades da rede Americas foram as que mais recrutaram pacientes dos dois hospitais. Com a pesquisa foi possível traçar um perfil da doença, que aponta a maioria de casos nas mulheres (87%), particularmente, após a menopausa. Outro aspecto relevante é que 40% dos casos diagnosticados foram impulsionados por gatilhos emocionais”, observa.
A síndrome do coração partido (cardiomiopatia de Taktosubo) têm sintomas semelhantes aos do infarto, como dor no peito, falta de ar e cansaço, que podem ocorrer em períodos de estresse emocional e até de episódios de alegria. Montera recomenda que os sinais não sejam descartados pelas pessoas e que um serviço de saúde seja procurado, logo que os primeiros sintomas se apresentarem. “ É importante diferenciar cada situação, com exames clínicos e de imagem, para que o devido tratamento seja realizado. A mortalidade nessa síndrome é duas vezes maior do que a do infarto, pois o coração praticamente para e, apesar de uma apresentação drástica, se as devidas intervenções forem feitas, a grande maioria dos pacientes evoluem bem”, finaliza o especialista indicando a publicação do trabalho no “Arquivo Brasileiro de Cardiologia”.
A pesquisa foi premiada e consta no Arquivo Brasileiro de Cardiologia.
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Andresa Feijó – afeijo@uhgbrasil.com.br
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