Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento são alguns dos principais fatores associados ao desenvolvimento da hipertensão. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Os índices saíram de 22,6% em 2006 a 26,3% em 2021. No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, evidenciado em 26 de abril, especialistas afirmam que o dado é importante para conscientizar as pessoas sobre a relevância do controle da pressão arterial e prevenção da doença.

“A hipertensão arterial é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo humano. Acontece que o estreitamento das artérias aumenta a necessidade de o coração bombear com mais intensidade para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta. Como consequência, a hipertensão dilata o coração e danifica as artérias. A hipertensão pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares, derrames respiratórios e até insuficiência renal”, informa a cardiologista do Hospital Samaritano Paulista, Dra. Ariane Macedo.

Os sintomas, geralmente, só aparecem em fases muito avançadas ou quando a pressão arterial aumenta de forma exagerada. Algumas pessoas, porém, podem apresentar dores de cabeça, no peito e tonturas.

Segundo o especialista, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial também é uma oportunidade para lembrar que a hipertensão arterial é uma das principais causas de morte no mundo, e que medidas simples, como alimentação saudável, exercícios físicos regulares e controle do estresse, podem ajudar a prevenir e controlar a doença. “Algumas recomendações para evitar a doença ao mantê-la controlada são: comer comidas com pouco sal, evitar os alimentos processados e adotar dieta rica em frutas, cereais integrais e laticínios com baixo teor de gordura, pois, assim, é possível ingerir menos sódio e mais potássio, cálcio e magnésio, nutrientes necessários para quem precisa baixar a pressão”, destaca a cardiologista.

“Além disso, evitar o fumo, procurar praticar atividades físicas ou até técnicas de relaxamento para o controle do estresse e da pressão arterial e medi-la com regularidade, além de anotar os valores para que seu médico possa avaliar a eficácia do tratamento são outras ações de extrema importância”, finaliza Ariane.