O dado é da World Heart Federation e da publicação na revista JACC CO e faz da cardio-oncologia uma aliada no controle da saúde e proteção do coração dos indivíduos que estão (ou foram) submetidos ao tratamento de algum tipo de câncer sólido. Pacientes com câncer têm um aumento, 2 vezes no risco de mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV) em comparação com a população em geral, sendo a DCV a segunda causa mais comum de morte após o próprio câncer.
Ariane Macedo, coordenadora da cardio-oncologia da rede Americas fala mais sobre um problema pouco divulgado, mas que exige atenção durante o planejamento do cuidado dos pacientes. A especialidade será um dos temas de destaque no Simpósio Internacional de Oncologia Americas, nos dias 11 e 12 de agosto de 2023, no Rio de Janeiro.
A especialista aponta que os cuidados no suporte cardio-oncológico oferecem assistência associada, de forma abrangente e interdisciplinar, junto aos demais profissionais de saúde, colocando o coração do paciente como outra prioridade, durante o curso do tratamento oncológico.
“Muitos dos nossos pacientes, que entram no protocolo apresentaram desconfortos leves, quase imperceptíveis, mas que poderiam resultar em algum dano no sistema cardiovascular. As medidas protetivas contra a toxidade do órgão vão desde à pausa transitória no tratamento quimioterápico até a realização de ablação cardíaca por radiofrequência para tratamento de arritmias) ”, informa a especialista na área.
Outro aspecto que a médica ressalta é sobre as sessões de casos ultra complexos, levadas para reuniões semanais de discussões de casos clínicos, com especialistas de todo o país. “ Essa união de forças nos possibilita resultados ainda mais assertivos nos quadros cardiológicos potencializados pela quimio e radioterapia, pois esses pacientes precisam de um olhar ainda mais apurado e antever consequências ainda mais danosas à saúde do coração, faz parte da nossa rotina diária”, pondera.
O trabalho da rede Americas, na área de cardio-oncologia, foi reconhecido, recentemente, com o selo de excelência na especialidade, em que o Hospital Samaritano de São Paulo (Higienópolis e Paulista) com proposta de multiplicar os protocolos para todas as unidades da companhia.
“Trata-se de uma ação que dá ainda mais segurança a todos os pacientes que passam por nossas unidades, especialmente, as do Oncologia Americas. Saber que, enquanto o câncer é tratado, o coração está sendo monitorado, de modo contínuo, é outro diferencial que temos e que permite que o paciente esteja sempre no centro do nosso cuidado em tratamento integrado” finaliza.
Sobre o Simpósio:
Mais informações:
Andresa Feijó